top of page

A Psicologia da Jornada – Parte 1 - Culpa, controle e confiança

Quando falamos em controle de jornada, quase sempre pensamos em leis, tecnologia e regras. Mas por trás de cada marcação feita pelo motorista e de cada relatório lido pelo gestor, existe um elemento que raramente é discutido: psicologia.


Porque antes da jornada ser registrada, ela é sentida.

Antes de ser analisada, ela é interpretada.


E é aí que nascem três forças invisíveis que determinam o sucesso — ou o fracasso — de qualquer sistema: culpa, controle e confiança.


1. A culpa: quem errou?


Quando algo dá errado na operação, existe sempre alguém tentando apontar um culpado:


  • “O motorista esqueceu de marcar.”

  • “O gestor não revisou direito.”

  • “O sistema não avisou.”


A jornada vira um território de acusação silenciosa.


O motorista marca apenas para “não levar bronca”. O gestor confere apenas para “não ser responsabilizado”.

O sistema é usado não como ferramenta de melhoria, mas como escudo de proteção: “Tá registrado aí, eu fiz minha parte.”


E assim o controle da jornada deixa de ser processo — e vira defesa pessoal.


2. O controle: comando ou desconfiança?


Toda empresa precisa de regras. Mas existe uma diferença entre controlar para organizar e controlar por medo.


Quando o controle é usado como expressão de desconfiança, o sistema perde sua essência. O motorista faz marcações “mecânicas”, sem entender o motivo. Marca para cumprir tabela — não para refletir a realidade.


E quando o gestor olha os dados, não vê a verdade — vê aquilo que as pessoas acharam mais seguro registrar.


Um controle pautado apenas por fiscalização gera obediência silenciosa, mas não gera engajamento verdadeiro.


3. A confiança: o elo que conecta os dois lados


A confiança não elimina erros — mas permite corrigir com maturidade.


Ela diz ao motorista: “Marque com honestidade, mesmo se estiver errado — porque o sistema existe para ajustar, não para punir.”


Ela diz ao gestor: “Não use o dado para atacar, mas para compreender e orientar.”


Quando isso acontece, a jornada deixa de ser um campo de vigilância e se transforma em terreno de parceria.


Conclusão — Jornada não é só tempo. É relacionamento.


Podemos ter o melhor sistema, o melhor app e o melhor relatório. Mas se a cultura por trás da jornada continuar sendo defensiva, o dado nunca será confiável — e o controle nunca será eficiente.


Por isso, antes de falar de tecnologia, precisamos falar de intenção.


  • Estamos registrando por conveniência, por obrigação ou por consciência?

  • O motorista marca com medo ou com clareza?

  • O gestor analisa com desconfiança ou com propósito?


A resposta para essas perguntas define algo maior que qualquer legislação:


Se a jornada é um instrumento de punição ou de evolução.


Na Parte 2 da série — “A ilusão do botão mágico” — vou mostrar um erro comum nas empresas: acreditar que só instalar um sistema resolve tudo.


A verdade é que o sistema certo não substitui a cultura — ele fortalece.E é exatamente esse o propósito do Boreal RH:


✅ Motorista registra com clareza.

✅ Gestor analisa com confiança.

✅ A jornada deixa de ser punição e vira parceria.


Se faz sentido para você, não deixe esse conteúdo passar.


Toda segunda-feira publicamos um novo episódio da série A Psicologia da Jornada — só aqui no Blog da Boreal.


ree

 
 
 

Comentários


bottom of page